摘要:A noção husserliana de fantasma ( Phantom ), que ocorre eu seu sentido técnico no §10 de Ideen II , diz respeito ao material sensível que se encontra, geneticamente falando, no último grau de constituição da realidade “coisa”. O fantasma é vivido como a qualidade sensível de que se tem consciência, fazendo abstração de toda atividade e espontaneidade categorial e objetivante. Por isso, o fantasma se caracteriza como algo cuja apreensão ( Auffassung ) decorre de uma passividade. É sobre o fantasma gerado sensorialmente que serão executados os posteriores atos dóxicos de posição da existência, de objetivação, que constituem a realidade da coisa, da qual se diz que os fantasmas são as “qualidades sensíveis”. Assim, os fantasmas precedem e tornam possível a realidade, mas deles mesmos é indiferente que possam ser reais ou não. São, de fato, os vividos mais originários, mas se poderia dizer que são reais? Podem ser distinguidos de fenômenos estritamente subjetivos? Nosso intento é indicar as possibilidades de respostas a essas questões.