摘要:A economia do estado de Rondônia já foi apoiada no extrativismo mineral e madeireiro. Hoje tem no agronegócio, especialmente no gado de corte, sua principal atividade econômica. Em contrapartida, parte do seu território é de área protegida, entre as quais estão as Reservas Extrativistas, onde subsiste uma economia extrativa, cujos produtos são comercializados sem agregação de valor e com baixa utilização de tecnologias. Este artigo analisa a concepção de extrativismo e as visões de sustentabilidade e a relação entre estas e visões ambientalistas dos atores da cadeia produtiva dos produtos do extrativismo florestal não-madeirável no estado de Rondônia (Brasil). Na base teórica do trabalho são discutidas as vertentes ambientalistas, as visões e dimensões de sustentabilidade. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas. Foram consultados cento e quarenta e cinco atores da cadeia dos produtos florestais não-madeiráveis (PFNM). A pesquisa adotou a abordagem qualitativa e o principal método utilizado foi a análise de conteúdo. As mensagens contidas nas entrevistas foram confrontadas com as categorias das vertentes ambientalistas e visões de sustentabilidade. Constatou-se que a concepção de extrativismo tradicional não é mais predominante. Na perspectiva institucional predomina a visão de sustentabilidade na concepção empresarial; na perspectiva econômica predomina a visão de sustentabilidade que representa os pressupostos defendidos pela economia ambiental. Em termos de vertentes ambientalistas, predomina concepção sustentabilista. Concluiu-se que o baixo valor agregado dos produtos e a precárias condições de vida têm influenciado os atores da cadeia do PFNM a enunciar perspectivas conservadoras, com pouca preocupação ambiental.