摘要:Ao longo das últimas duas décadas, Portugal foi tomando um conjunto de medidas destinadas a contribuir para resolver o problema da saída precoce da escola. Justificados por contributos teóricos que incentivavam a procura da inclusão através da diversidade de respostas e estimulados por uma progressiva tendência vocacionalista das políticas públicas europeias, os Cursos de Educação e Formação surgiram no início deste milénio com o objetivo principal de se constituírem como uma via alternativa para a conclusão da escolaridade básica. A partir de um estudo de caso num Agrupamento de Escolas de média dimensão, do centro do país, utilizando informação de natureza qualitativa e quantitativa, neste artigo procura compreender-se como a escola pensou estes cursos, como os avaliou e como entendeu o seu contributo. Os dados recolhidos permitem concluir que a comunidade escolar os avalia de forma muito positiva, deixando algumas interrogações que devem ser consideradas para a sua desejável sustentabilidade.