摘要:O presente artigo se insere em meio a discussão do conhecimento histórico escolar e como ele vem sendo significado em meio às mudanças introduzidas nas propostas curriculares dessa disciplina, particularmente em relação às questões étnico-raciais. O objetivo do trabalho visa responder a seguinte questão: Para a implementação dos conteúdos sobre a história da África e dos Afro-brasileiros no currículo de História, quais são os saberes de referência, acionados no processo de transposição didática, vista aqui como uma prática articulatória no contexto discursivo da pesquisa? As bases da perspectiva teórica que ora apresento se situam na Teoria do discurso de Laclau e Mouffe (2004), buscando o entendimento das estratégias culturais mobilizadas na produção e nas disputas de sentidos de “negro” nos currículos de História, e na Teoria da transposição didática de Chevallard (2009), trazendo a problematização em torno da produção do conhecimento histórico escolar.