摘要:Acorrentar a fotografia ao seu referente real, relegando o papel humano ao de simples operador dessa máquina de duplicação, resulta no velamento dos mecanismos ideológicos intrínsecos a esse código. Este trabalho intenciona questionar a fotografia como índice do real – resultante da insistência na metáfora do espelho em muitos estudos na área que eclodiram a partir da década de 1980 –, ressaltando sua condição de imagem idealizada pela perspectiva artificialis, cuja intenção era produzir um análogo mais exato do real. Seu mecanismo ideológico é discutido com a análise da cobertura da campanha política para prefeitura de São Paulo, idealizada pelo coletivo de fotógrafos Cia da Foto para o jornal Folha de S. Paulo, em 2008.