摘要:Normal 0 21 false false false MicrosoftInternetExplorer4 /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} Pretendemos neste trabalho discutir a construção de uma outra sensibilidade para as práticas amorosas na Paraíba entre as décadas de 80 e 90 do Séc. XIX e os anos de 1910. Discutiremos através da análise dos casos de raptos consentidos, como foi produzido um emaranhado discursivo que deu visibilidade às práticas amorosas e a construção para uma identidade feminina nesse período. No entanto, também apontaremos como essas mulheres ocupavam um outro lugar, não apenas como vítimas ou seduzidas, mas também sujeitos de suas ações e desejos, uma vez que, eram elas que ajudavam a planejar os raptos. A cultura histórica, engendrada pelos processos-crime, pelos romances sobre o tema dos raptos escritos por memorialistas e os jornais de época, com seus artigos acerca do mesmo tema, permitiram problematizar as relações de poder e nelas as estratégias de normatização das relações amorosas e a formatação de um determinado tipo de casamento com seus respectivos papéis: os de maridos e esposas ideais. Mas, os raptos também permitiram que se chegasse à “antidisciplina” e à parte das táticas elaboradas pelos envolvidos para escapar das amarras da ordem, apontando para “as maneiras de fazer”.