期刊名称：Esboços - Revista do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC
印刷版ISSN：2175-7976
出版年度：2011
卷号：18
期号：25
页码：184-211
语种：Portuguese
出版社：Universidade Federal de Santa Catarina
摘要：http://dx.doi.org/10.5007/2175-7976.2011v18n25p184Este artigo teve como propósito analisar a teia de relações culturais, econômicas e sociais que teceram a vida dos alemães do Projeto Porto Novo (atualmente os municípios de Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis), fundado pela Companhia de Jesus em 1926, no Extremo Oeste de Santa Catarina. O estudo, carregado de significação subjetiva, pretende divergir da História Oficial positivista que até agora estabeleceu as verdades sobre o audacioso projeto homogêneo. A pesquisa justifica-se por reabrir páginas filtradas por ensaios e narrativas oficiais; opor-se ao exercício de opressão, que atribui um caráter marginal à história da maioria e, principalmente, por mexer em feridas cicatrizadas pela ação do tempo, mas não esquecidas pela memória coletiva. A história do Projeto Porto Novo, é mencionada na literatura teuto-brasileira como uma das colonizações mais fechadas e coercitivas da migração européia no Brasil. Os resultados extrapolaram as previsões iniciais e algumas conclusões se erguem como soberanas: a demarcação de um território cativo de 583 quilômetros quadrados, em meio ao espaço natural, objetivou a formação de cristãos perfeitos para a vida econômica, social e cultural; a colônia por meio da ação niveladora da coletividade, experimentou uma noosfera religiosa mística e fanática, sem precedentes nas colonizações do Brasil Meridional; o projeto respondeu e se adaptou a dois períodos distintos: teve a Igreja como epicentro das decisões até a década de 1970, consolidando o desejo latente dessa, de impedir que os horrores e a imoralidade, insuflados pela modernidade, atingissem o tecido social, e, pós-70, quando as grandes agroindústrias (leite, aves e suínos) colocaram-se como centrais irradiadoras da modernidade da região, governando de acordo com as leis do mercado.
其他摘要：This article aimed to analyze the web of cultural, economic and social relations that have woven the life of Germans from Porto Novo Project (currently the towns of Itapiranga, São João do Oeste and Tunápolis), founded by the Society of Jesus in 1926, in the Far West of Santa Catarina. The study, full of subjective meaning, intends to depart from the positivist Official Story which until now established the truths about the daring homogeneous project. The research is justified for reopening pages filtered by essays and official narratives; for opposing the exercise of oppression, which gives a marginal status to the history of the majority and, especially, for stirring wounds healed by time but not forgotten by the collective memory. The history of Porto Novo Project is mentioned in Teutonic-Brazilian literature as one of the most closed and coercive settlements of European migration in Brazil. The results extrapolated initial forecasts and some conclusions stand as sovereign: the demarcation of a captive territory of 583 square kilometers, amid the natural environment, aimed the formation of Christians who were perfect for the economic, social and cultural life; the colony, through the leveling action of the community, experienced a mystic and fanatical religious noosphere, without precedents in settlements of Southern Brazil; the project responded and adapted to two distinct periods: had its epicenter of decisions in the Church until the 1970s, consolidating its latent desire to prevent that the horrors and immorality, inflated by modernity, reached the social fabric and, post-70, when the big agro-industries (milk, poultry and pork) put up as radiating centers of modernity in the region, ruling in accordance with the laws of the market.
