摘要:Este artigo procura investigar como representantes, testemunhas e personagens do Holocausto tiveram os seus significados expandidos para além da convencional imagem do judeu sobrevivente e, também, como essa ampliação proporcionou uma modificação do pacto autobiográfico e do modo de se fazer autobiografias e biografias.Para tanto, analisará as obras Maus (2005), escrito por Art Spiegelman, e Os emigrantes (2009), de W.G.Sebald, valendo-se ainda de outros livros que se mostrarem pertinentes ao debate.Nota-se que, na contemporaneidade, as incessantes autobiografias tradicionais, que têm como modelo o romance É isto um homem? (1947) escrito por Primo Levi, deram lugar a um misto de discurso em primeira e terceira pessoa, de passado e presente, de realidade e ficção.Com a popularização do tema Holocausto como objeto de trabalho artístico, houve concomitantemente uma expansão das possibilidades representativas de tal acontecimento.Além da importante inclusão da imagem ao texto em prosa, Sebald e Spiegelman assinalam que o século XXI elegeu como porta-voz, para a representação desse fato social complexo e traumático para o ocidente, os filhos do Holocausto, ou seja, a geração posterior à Segunda Guerra Mundial.Sendo assim, busca-se compreender as modernas ferramentas e possibilidades que estão à disposição do escritor no processo de representação do Holocausto, enfocando, especialmente, questões sobre (auto)biografias.
关键词:Literatura; Autobiografia; Teoria Literária; História;Holocausto; (auto)biografia; representação; testemunho; ampliação.