摘要:Este artigo busca analisar o problema da permanência do espírito profético na Igreja conforme defendido por Padre Antônio Vieira (1608 – 1697) durante seu processo inquisitorial. Por meio da análise de obras compostas no contexto desse processo, procura-se mostrar que Vieira defende a veracidade das Trovas do sapateiro português Bandarra (1500 – 1556) na contramão dos decretos a respeito da questão da revelação profética que vinham especialmente do Quinto Concílio de Latrão (1512 – 1517) e do Concílio de Trento (1545-1563). Assim, o que se percebe, a partir desse caso, é um descompasso entre a política da Igreja quanto ao tema e as práticas que efetivamente tinham lugar no mundo católico, especialmente no Portugal dos séculos XVI e XVII.