摘要:Baseado no princípio ontológico da “Vera Justitia”, ou da “Divina Ordem”, segundo a qual é justo que se “subordine as coisas somente as dignas, as corporais às espirituais, as inferiores às superiores, as temporais às sempiternas” (Ep., 140), o que resulta, na prática, na subordinação dos governados aos governantes, Agostinho introduz em sua doutrina ético-política o conceito de poder coercitivo, como instrumento prático garantidor da “ordinata concordia” ou “pax temporalis”, na Civitas, de forma que, punido pelo reto castigo, o pecador possa retornar à Ordem e assim alcançar a Vida Eterna. Em Agostinho, nenhuma forma de castigo por ele admitida tem caráter de perseguição, vingança ou sadismo, mas de correção e reintegração do pecador na Ordem, por isso os castigos devem ser guiados pela caridade.Coercive power: a well in the service of "peace time", with a view to eternal life, according to Saint Augustine.Abstract: Based on the ontological principle of "Vera Justitia", or "Divine Order", according to which it is fair to "subordinate only decent things, bodily to the spiritual, the lower to the higher, the time to sempiternas" (Ep., 140), resulting in practice in the subordination of the ruled to the rulers, Augustine introduces his doctrine in ethical-political concept of coercive power, as guarantor practical instrument "concordia ordinata" or "pax temporalis" on Civitas, so that the straight punished punishment, the sinner can return to the Order and thus eternal life. Augustine, all forms of punishments accepted by it do not have a character of persecution, revenge or sadism, but correction and reintegration of the sinner in order, so it should be guided by charity.Keywords: Power coercive; punishment; justice; order; peace; charity.