摘要:O artigo tece analogias entre dança e corpo para pensar que a “natureza” do primeiro termo (dança), como fluxo reescrito na tensão entre tempo e espaço, é o que melhor fala do segundo (corpo), como artifício, intensidade, passagem, fluxo. Tanto a dança, celebração de mistérios, como o corpo, celebração de devires (não apenas o corpo do bailarino, onipresença efêmera, mas o corpo vivente), só se permitem apreender pelo conhecimento, numa pulsão narrativa, que deixe de fora a perspectiva organicista. Para estudar o corpo dançante, é preciso tomá-lo em sua performance efêmera. Sua dramaturgia forma um texto a ser lido. A história tem mostrado que diferentes visões de mundo produzem diferentes formas de interpretar, de representar e de atuar com o corpo, e que as identidades são instáveis, sempre transitórias e até múltiplas, como explicam os diversos autores aqui abordados.