摘要:A partir do final do século passado, na esteira das preocupações e debates sobre a biodiversidade, chega-se à afirmação da importância da Amazônia.No bojo dessa dinâmica, colocam-se também as pressões internacionais e as políticas estatais para a região e para as populações tradicionais, nela concentradas.Até então alijadas dos interesses políticos do Estado, estas populações passam agora a ser vistas como detentoras de culturas, de saberes "locais", cruciais diante da necessidade "global" de conservação da biodiversidade.Em estreita mescla com os saberes tradicionais, expressam-se inumeráveis formas de religiosidade, dentre as quais se destacam a "encantaria" e a pajelança.Em relação à Amazônia brasileira, esse lugar central ocupado pela religiosidade é tratado via três eixos: presença da Igreja Católica e de outras organizações religiosas em seus processos organizativos; politização da natureza e da religiosidade associada à emergência de múltiplas identidades coletivas; importância da "encantaria" e da pajelança ecológica para a conservação da biodiversidade.