摘要:A face simbólica dos “saberes tradicionais” vai reordenado e recriando novas formas de relacionamento entre índios e não índios, definindo fronteiras, reordenando o espaço e instituindo novas processos de aprendizagens que estariam relacionados a essas tradições. No mesmo sentido, na Contemporaneidade, as discussões acerca da produção de identidade, saberes tradicionais têm se acentuado, e um considerável corpo de pesquisas foi formado nas Ciências Humanas, principalmente na Antropologia, revelando que os grupos étnicos não são meramente entidades que “comportam” culturas, isto é, a identidade do grupo não é um reflexo passivo e direto de uma cultura ou língua distinta. Em outros termos, a etnicidade envolve a construção subjetiva da identidade com base na cultura compartilhada real ou pressuposta e/ou descendência comum, e os grupos têm sido estudados, sobretudo pelos antropólogos e sociólogos, com base na auto-definição e definição pelos outros. O que pretendemos, neste trabalho, é problematizar essas categorias – saberes da tradição e identidade -, tendo como referência o povo indígena Kiriri e nossas reflexões construídas durante a realização da pesquisa de mestrado, desenvolvida no contexto desse povo.