摘要:Neste artigo, abordam-se as experimentações de Dziga Vertov em seu filme Homem com a câmera (1928-1929), em face de paradigmas como o da “montagem transparente”, ainda prevalente no cinema ficcional clássico.Baseando-se na abordagem de conceitos proferidos no Manifesto Kinoc (1922), procura-se demonstrar as potencialidades epistemológicas da poética de Vertov na experimentação do fazer cinematográfico.Sua película, a despeito de se fundar na montagem expressiva, pode provocar problematizações teóricas sobre a infografia no cinema contemporâneo e parece exortar muitos artistas do audiovisual a trabalhar criativamente com a antimontagem.Atentos aos preceitos vertovianos sobre a “interimagem”, alguns cineastas reencontram o poder da “cine-sensação” na (e a despeito) da miríade dos discursos tecnológicos prevalentes no cinema digital.