摘要:Enquanto nos próximos anos os Estados Unidos viverem o prenúncio de uma revolução energética graças ao gás de xisto, que promete reordenar a geopolítica e a economia mundial, o Brasil terá o duplo desafio de preparar-se para o impacto dessa mudança na indústria do petróleo e fortalecer suas bases para o desenvolvimento do pré-sal. “É um desafio logístico, tecnológico, financeiro”, diz o economista e engenheiro Sergio Franklin Quintella. Para ele, a grande tarefa hoje para o país é garantir a atração de investidores sob as bases do regime de partilha. “A presença da estatal do pré-sal é um fato novo que ainda não está absorvido pelo investidor estrangeiro”, afirma. Em entrevista à Conjuntura Econômica, Quintella também falou das possibilidades de exploração do gás de xisto no Brasil, da discussão sobre o preço da gasolina, e defendeu um ajuste nas regras de conteúdo local para a indústria de petróleo e gás. “Não é possível mantê-las muito amplas e sem estímulos à competitividade durante muito tempo”, disse.