摘要:Este artigo propõe-se investigar a influência da experiência sócio-cultural na aquisição e no tipo de explicação de dois testes de conservação (conservação dos líquidos e conservação do comprimento). Os resultados não confirmam a hipótese sobre a existência de diferentes tipos de explicações no teste de conservação. Pelo contrário, os dados mostraram diferenças entre classes sociais na aquisição de habilidade de conservação. No teste de conservação de líquido, que implica uma comparação perceptual da igualdade inicial das duas quantidades, crianças de classe média desempenham melhor que as da classe operária, enquanto no teste de conservação de comprimento que atribui inicialmente mais relevância para uma comparação quantitativa do que o teste de conservação de líquido, não foram encontradas diferenças significativas. Estes resultados são interpretados como relacionados com uma incompreensão na interpretação da situação inicial (ou seja, a situação quando se pede à criança para estabelecer uma igualdade entre duas quantidades). Talvez, as crianças da classe média, no teste de conservação de líquido, mesmo comparando aparências, inferem que o examinador deseja uma comparação de quantidades. J á as crianças da classe operária poderiam apresentar dificuldades em fazer esta inferência, o que pode ser o resultado de diferentes tipos de escolarização, e consideram o teste desde o começo como um teste de comparação perceptual.