出版社:Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas - Fundação Getulio Vargas
摘要:Este artigo analisa algumas perspectivas e limitações das organizações não-governamentais (ONGs) como instância de participação popular para a gestão ambiental local e regional na América Latina. Em primeiro lugar, é analisado o fundamento ético do trabalho voluntário independente nas democracias regionais e sua relação com a formulação de políticas públicas – principalmente nas áreas de saúde e meio ambiente – no processo de globalização da economia mundial. Este estudo também apresentada uma análise qualitativa de dados demográficos, socioeconômicos e ambientais que correlacionam a referência espacial das ONGs com as paradoxais realidades sociopolíticas e socioeconômicas do continente americano. Tenta-se mostrar que setores governamentais e do empresariado vêm estimulando a substituição da solidariedade compulsória das políticas sociais compensatórias pela filantropia e o trabalho voluntário, e que essa tendência é coerente com a reestruturação do capitalismo mundial. Os dados demonstram que, em geral, as ONGs não aparecem e prosperam na pobreza, mas nas áreas de concentração de poder político-econômico associado ao desenvolvimento humano. É discutida a diferença conceitual entre sociedade civil e terceiro setor, comumente identificados como sinônimos. Finalmente, são apresentadas conclusões que podem servir de estímulo para que gestores e o público em geral reflitam sobre o projeto político e econômico que está por trás do incentivo ao trabalho voluntário em áreas de responsabilidade do Estado, como são as áreas de saúde pública e gestão ambiental.
其他摘要:This article analyzes some perspectives and limitations of the non-governmental organizations (NGOs) as formal mechanism for citizen’s participation in local and regional environment management in Latin America. First, the ethical basis of the independent voluntary work in underdeveloped countries democracies are analyzed in relation with the policy-maker decision process in the framework of economical globalization, mainly in public health and environment policies. Secondly, it is displayed a qualitative analysis of demographic, social, economical and environmental data that correlate the spatial references of the NGOs with the paradoxical social reality in Latin American. This paper tries to show that some governmental and corporate sectors stimulates the substitution of solidarity for philanthropic in the social politics and also this trend is coherent with the global reorganization of the capitalism. Qualitative analysis shows that mostly of the NGOs do not appear and prosper in poverty areas, but in the rich areas with high political and economical power concentration and correlate to Human Development Index. In this context, it is necessary to make a conceptual differentiation between civil society and the third sector, usually wrongly identified as synonymous. Finally, conclusions seek to lead on a policy-makers moral reflection about a political model that encourages no-political voluntary work instead of State responsibility in social areas, especially in public health and environmental management.