出版社:Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas - Fundação Getulio Vargas
摘要:Tempo e espaço são conceitos que estão na essência da construção da vida em sociedade e da própria constituição do ser. Na visão de autores como Giddens (1984) e Lefebvre (1991), a tradição sociológica tem, no entanto, dedicado maior atenção aos aspectos temporais da realidade social, relegando o espaço a um papel secundário. Este artigo se propõe a analisar como a noção de espaço e a dinâmica de sua produção influenciam a maneira como os indivíduos percebem as mudanças organizacionais, partindo da premissa de que as significações espaciais afetam a construção de suas identidades e suas possibilidades de subjetivação. O estudo faz parte de uma linha de pesquisa interinstitucional cujo objetivo é compreender a influência de tempo e espaço na produção da realidade organizacional e nos sentidos do trabalho. Os resultados, baseados nas experiências de 133 indivíduos em oito diferentes organizações, revelam que as mudanças são por eles percebidas e sentidas em termos das transformações que provocam nas práticas espaciais, nas representações de espaço e no espaço representacional, categorias apontadas por Lefebvre (1991) como fundamentais para que se compreenda a produção do espaço social. Nas conclusões, é proposto um quadro para análise da influência do espaço nas situações de mudança organizacional.
其他摘要:Time and space are concepts found in the essence of the constitution of society and of the being itself. For authors such as Giddens (1984) and Lefebvre (1991), sociological tradition has, however, dedicated greater attention to the time aspects of social reality, relegating space to a secondary role. This study aims to analyze how the notion of space and the dynamics of its production influence the manner in which individuals perceive organizational changes, assuming that the meaning of space affects their identities and subjectivities. The study is part of a research agenda which aims to understand the influence of time and space upon the production of organizational reality and on the meanings of work. The results, based on the experiences of 133 people in eight different organizations, reveal that changes are interpreted on grounds of the perceptions of spatial practices, representations of space and representational spaces, categories pointed out by Lefebvre (1991) as basic for the understanding of the production of social space. A reference framework for analyzing the influence of space in individuals' interpretations about organizational change is proposed.