摘要:No Rio de Janeiro, os primeiros anos do século XX foram marcados por uma série de reformas urbanas vinculadas aos objetivos das classes dirigentes de construir uma capital compatível com o nível de civilidade e cosmopolitismo que permitisse inserir não apenas a cidade, como também o país que ela era incumbida de representar, no rol do mundo moderno. Entretanto, o crescimento urbano não acarretou apenas efeitos entendidos como progressos, mas gerou uma cidade ainda mais complexa, heterogênea e conflituosa, características que cada vez mais definiriam a vida na cidade moderna. Este artigo analisa as fotografias de Augusto Malta desde a destruição dos cortiços até o surgimento das primeiras favelas no Rio de Janeiro, com o objetivo de refletir sobre o embate entre as expectativas de construção de um futuro moderno e civilizado e a apreensão de uma realidade multifacetada que parecia cada vez mais imprevisível.