摘要:Este texto pretende apresentar algumas reflexões iniciais sobre os tensionamentos do elemento feminino na auto-compreensão da igreja católica sob o impacto do Concílio Vaticano II. Essas reflexões fazem parte de um projeto mais amplo, que pretende entender as condições da emergência da teologia feminista a partir da década de 1980. O interesse que move a pesquisa se coloca nos processos cotidianos que permitem a “construção da realidade”, no sentido que Peter Berger deu à essa expressão, e não está restrito apenas a uma história interna da teologia. Nessa realidade social, os papeis de gênero e mesmo as estrutura de sentimentos são construídos através da linguagem. A possibilidade de enunciação de uma alternativa à visão de mundo secularmente consolidada em uma instituição como a Igreja Católica revela o duplo vínculo das transformações culturais que ocorrem no âmbito da instituição e da sociedade na qual ela está inserida.