摘要:Neste artigo analisarei, a partir das denuncias feitas ao Hospital Maternidade Municipal Maria Amélia, localizado na cidade do Rio de Janeiro, possíveis dilemas, paradoxos e desafios da implementação do modelo humanizado em instituições públicas. A partir de uma denúncia, descreverei como se formou um movimento de mães (e pais) denunciantes, a tensão que este criou dentro do movimento carioca pela humanização e como as ativistas responderam a esses casos. Centrando minha análise na noção de protagonismo da mulher – fundamental para o movimento pela humanização – meu objetivo aqui é mostrar a necessidade de um deslocamento da forma como deve se dar o processo de empoderamento, que leva ao protagonismo, quando o projeto de parto humanizado passa de uma busca pessoal para uma politica pública. Dentro do movimento a ênfase é de que a busca por informações deve partir da mulher: tal ênfase pode ser bem eficiente para buscas individuais e dentro do sistema de saúde particular, mas deve-se ter cuidado ao transpô-la para o sistema público de saúde. Nesse caso o protagonismo e o empoderamento informado da mulher não pode ser esperado como dado previamente ou responsabilidade de contextos outros, mas sim elemento fundamental de uma política de humanização. http://dx.doi.org/ 10.5902/2236672517044