摘要：Minha intenção é a de mostrar como uma leitura cética dos diálogos socráticos de Platão permite explicar alguns impasses nos quais resulta a interpretação dogmática desses diálogos. Enumero aqui, de maneira programática, os elementos que permitirão sustentar que, nos diálogos de juventude, Platão desenvolveu uma lógica que conduz a uma posição forte sobre os limites do conhecimento e do intelectualismo. Essa interpretação se inspira em traços dominantes do ceticismo de Arcesilau (séc. III a.C.). Mostrarei como os diálogos de Platão podem ser lidos como a inspiração por trás da posição de Arcesilau quando este afirma que seria preciso suspender o julgamento e, na falta de certeza, seguir o que é razoável (eulogon). De uma parte, o estudo do estatuto paradoxal da ignorância socrática e do papel do oráculo na Apologia permite discernir o funcionamento de uma lógica propícia a gerar aporias. De outra parte, a análise do problema da virtude-ciência no Protágoras e no Laques permite exibir os mecanismos de uma argumentação cuja conclusão é a impossibilidade de defender hic e nunc uma ética estritamente intelectualista.
其他摘要：My intent ion is to show how a sceptical reading of Plato’s Socratic dialogues allows one to explain some deadlocks which result from a dogma t ic interpretation of these dialogues. I list here elements which suggest that in the early dialogues, Plato developed a logic which leads to a strong position on the limits of knowledge and of intellectualism. This interpretation is inspired by the dominant traces of scepticism in Arcesilau. I will show that Plato’s dialogues can be read as Arcesilau’s inspiration when the latter asserts that judgement should be suspended and, lacking certainty, that one should follow what is reasonable. On the one hand, the study of the paradoxical character of Socratic ignorance and of the oracular role of the Apology allows one to discern a logic suitable for generating aporias. On the other, the analysis of the problem virtue-knowledge in Protágoras and Laches shows the mechanisms of a way of arguing whose conclusion is the impossibility of defending hic and nunc a strictly intellectualist ethic.
