摘要:Que significa fazer uma filosofia da diferença? Como é possível captar o movimento singular de algo, sem subordiná-lo a categorias universais, sem submetê-lo aos limites da identidade e da representação? Ademais, como podemos capturar a experiência de nós mesmos sem reduzi-la à expressão de faculdades desde sempre prontas para agir sob a unidade sintética de um eu ou, ainda, sem espacializar a densidade criadora que a permeia? Certamente, essas questões ditam o norte do pensamento de Deleuze, embora já estivessem de algum modo presentes na filosofia de Merleau-Ponty, sugerindo direções pouco exploradas pelo autor de Diferença e repetição. Afinal, enquanto Merleau-Ponty pretende desvelar o caráter originariamente não-intelectual das ligações produzidas no interior da experiência, Deleuze busca dar dignidade ontológica à diferença tomada em si mesma. Sendo assim, o objetivo deste artigo é fazer uma reflexão sobre o lugar concedido à diferença nos dois filósofos no intuito de compreender alguns dos desafios enfrentados por um pensamente que recusa se submeter ao império da identidade.
其他摘要:To create a philosophy of difference: what does it mean? How is it possible to capture the movement of something singular, without subordinating it to universal categories, without submitting it to the limits of identity and representation? Moreover, how can we capture the experience of ourselves without reducing it to the expression of faculties always ready to externally project the synthetic unity of self, or even without spatializing the density of said experience's creative duration [without defining the density of said experience's creative duration in spatial terms]? While these questions undoubtedly give Deleuze's thought its North, they were already somehow present in the philosophy of Merleau-Ponty, suggesting directions unexplored by the author of Difference and Repetition. Merleau-Ponty intends to unveil the originally non-intellectual nature of the links produced throughout the experiment, while Deleuze seeks to give ontological dignity to difference itself. Therefore, the aim of this paper is to reflect on the place accorded to difference by the two philosophers in order to understand some of the challenges faced by a thinking that refuses to submit to the empire of identity.