摘要:Objetivo : Cada momento do ciclo psico-oncológico do cancro da mama (diagnóstico, cirurgia e tratamentos) pode funcionar como um momento de stress significativo. O objetivo deste estudo foi investigar o impacto de cada um desses momentos ao longo da trajetória da doença. Método : Um total de 360 mulheres diagnosticadas com cancro de mama foram avaliadas em 3 ocasiões diferentes em relação ao: distress, controlo emocional, neuroticismo, suporte social, coping, qualidade de vida (QDV) e características sociodemográficas e clínicas. Utilizou-se os Modelos de Equações Estruturais para examinar as relações entre as variáveis. Resultados : A resposta emocional, cognitiva e a QDV sofreu mudanças significativas em cada um dos momentos, designadamente no diagnóstico (momento 1), cirurgia (momento 2) e tratamentos (momento 3). Além disso, os resultados indicam que uma resposta emocional adaptada está associada a uma estratégia de coping eficaz, à satisfação com o suporte social percebido e à perceção de uma QDV elevada, nomeadamente se a mulher realiza acompanhamento psicológico. Conclusão : Deste modo, para ajudar a mulher com cancro da mama, no ajustamento à situação, a intervenção clínica deverá potenciar a adoção de estratégias de coping eficazes, para que se reduzam os níveis de distress e aumente a perceção de bem-estar.
其他摘要:Objective: Women diagnosed with breast cancer are confronted with different stressors throughout the illness trajectory, e.g. awaiting diagnosis, having surgery, anticipating the possibility that the cancer has spread and coping with side effects. The aim of this study was to assess the impact of the psychosocial pathway of breast cancer. Methods: A total of 360 women diagnosed with breast cancer were evaluated, on 3 separate occasions, regarding: distress, emotional control, neuroticism, social support, coping, quality of life (QoL) and demographic characteristics. We used structural equation modeling (SEM) to examine the relationships among all the variables. Results: The emotional, cognitive response, and the QoL suffered significant changes concerning diagnosis (time 1), surgery (time 2) and treatments (time 3). Furthermore, results indicate that an adapted emotional response is associated to efficient coping strategy, and satisfaction with the perceived social support and good QoL. This is particularly the case when women are undergoing a psychological intervention. Conclusion: To help breast cancer patients adjust to their situation the clinical psychologist should encourage the patient to adopt more efficient coping strategies. By doing so, patients may indeed experience less psychological distress and a higher quality of life, thereby increasing their overall sense of well-being.