摘要:Ao realizar uma crítica da noção de identidade, reflito criticamente sobre as alianças entre os movimentos sociais feminista e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e o Estado, bem como suas ressonâncias na educação. Trata-se de pensar os processos de governamentalização dos movimentos sociais e da própria educação, a partir da relação entre Estado brasileiro e movimentos sociais. A relação dos movimentos sociais e da educação com o Estado se constitui a partir de uma pauta de reivindicações destinadas à aquisição de direitos cujos portadores são os novos sujeitos ou novas identidades sociais: gays, lésbicas, transexuais, travestis, transgêneros, intersex, etc. Minha hipótese é que o processo de governamentalização dessa população específica, a despeito de garantir avanços antidiscriminatórios, tem como consequência colateral o aprisionamento dos próprios movimentos sociais LGBT e feminista numa lógica identitária e normalizadora, que tende a pacificar suas demandas e arrefecer sua capacidade de crítica. Em face disso, considero a ideia de que as noções foucaultianas de estética da existência e de criação de novas formas de relação entre os agentes sociais constituem aportes teóricos decisivos para o exercício de formas de resistência e contra-conduta pós-identitária, manifestas, em particular, em novos movimentos feministas e LGBT, além de produzirem efeitos produtivos nos projetos educacionais. Este artigo tem origem em uma pesquisa teórica sobre aspectos da obra de autores pós-estruturalistas como Michel Foucault e Judith Butler, além de um conjunto de indagações construídas sobre as relações entre os movimentos feministas e LGBT e a educação.
其他摘要:By proposing a critique of the identity notion, I reflect on the recents alliances between feminist and LGBT (Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Transexuals) social movements and the State, as well as its resonances in education. My aim is to think the governing processes of those social movements and of education by means of their specific relation with the State, constituted around a set of demands aiming at the acquisition of rights whose bearers are the new subjects or new social identities: gays, lesbians, transexuals, transvestites, transgenders, intersexs, etc. My hypothesis is that the governing processes of that specific population, in spite of all social and anti-discriminatorily advances that it has purported, has as its side-effect the imprisoning of those movements in a normalizing identity logics, pacifying their demands and taming their critical capacities. Against that specific danger, I consider some Foucauldien notions such as aesthetics of existence and the creation of new forms of social relations amongst those social agents. I believe they constitute an important theoretical contribution to think new forms of counter-identity resistance and counter-conducts, which tend to manifest themselves in the new feminist and LGBT movements as well as its resonances in the education field. This article was originated from a theoretical research which considers some aspects of the post-structuralist work of authors such as Michel Foucault and Judith Butler, as well as certain interrogations originating from the feminist and LGBT’s movement and the education field.
关键词:LGBT e educação; Feminismo e educação; Estética da existência; Crítica da identidade.
其他关键词:LGBT and education; Feminism and education; aesthetic of existence; Critique of identity.