摘要:ABSTRACT OBJECTIVE To examine the factors associated with hospital use and their frequency in a nationally representative sample of the Brazilian population aged 50 years or older. METHODS Data from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), conducted in 2015-2016, were used. Predisposing, enabling and need factors for the use of health services were considered. The analyzes were based on the Hurdle regression model and on estimates of population attributable risks. RESULTS Among 9,389 participants, 10.2% had been hospitalized in the previous 12 months. After adjusting for potential confounding variables, statistically significant associations (p < 0.05) were observed for need factors (previous medical diagnosis for chronic diseases and limitation to perform basic activities of daily living) and for enabling factors (living in a rural area and in the North and Midwest regions of the country). The analysis of population attributable risks (PAR) showed a hierarchy of the need factors for the occurrence of hospitalizations, with higher contributions by stroke (PAR = 10.7%) and cardiovascular disease (PAR = 10.0%), followed by cancer (PAR = 8.9%), difficulty to perform basic activities of daily living (PAR = 6.8%), depression (PAR = 5.5%), diabetes (PAR = 4.4% ) and hypertension (PAR = 2.2%). CONCLUSIONS Four of the major diseases associated with hospitalizations (stroke, cardiovascular disease, diabetes and hypertension) are part of the Brazilian list of primary care-sensitive hospitalizations. These results show that there is a window of opportunity to reduce unnecessary hospitalizations among older Brazilian adults through effective primary care actions.
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RESUMO
OBJETIVO
Examinar os fatores associados à ocorrência e à frequência de hospitalizações em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais.
MÉTODOS
Foram utilizados dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzido em 2015–2016. Considerou-se fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade para o uso de serviços de saúde. As análises foram baseadas no modelo de regressão
Hurdle e em estimativas de riscos atribuíveis populacionais.
RESULTADOS
Entre 9.389 participantes, 10,2% foram hospitalizados nos 12 meses precedentes. Após ajustes por potenciais variáveis de confusão, associações estatisticamente significantes (p < 0,05) foram observadas para fatores de necessidade (história de diagnóstico médico para doenças crônicas e limitação para realizar atividades básicas de vida diária) e para fatores facilitadores (residência em zona rural e nas regiões Norte e Centro-Oeste do país). A análise dos riscos atribuíveis populacionais (RAP) mostrou uma hierarquização dos fatores de necessidade para a ocorrência de hospitalizações, com maiores contribuições do acidente vascular cerebral (RAP = 10,7%) e da doença cardiovascular (RAP = 10,0%), seguidos do câncer (RAP = 8,9%), da limitação para realizar atividades básicas da vida diária (RAP = 6,8%), da depressão (RAP = 5,5%), do diabetes (RAP = 4,4%) e da hipertensão (RAP = 2,2%).
CONCLUSÕES
Quatro entre as principais doenças associadas às hospitalizações (acidente vascular cerebral, doença cardiovascular, diabetes e hipertensão) fazem parte da lista brasileira de internações sensíveis à atenção primária. Esses resultados mostram que existe uma janela de oportunidades para a redução de hospitalizações desnecessárias entre adultos brasileiros mais velhos por meio de ações efetivas da atenção primária.