摘要:Estudo de abordagem qualitativa realizado com o objetivo de revelar como os surdos percebem a comunicação com os profissionais de saúde, e compreender o significado da presença de um acompanhante oralizado como interlocutor, durante atendimento na rede pública de serviços de saúde. Foram realizadas 11 entrevistas com pessoas surdas que se comunicassem por meio da língua de sinais. As falas dos entrevistados foram traduzidas para o português, transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática, que resultou em três categorias temáticas: as ferramentas de comunicação na assistência à saúde dos surdos; a presença do acompanhante como interlocutor; e a comunicação em Língua Brasileira de Sinais. As estratégias de comunicação com os usuários surdos adotadas pelos profissionais de saúde se mostraram ineficientes e mesmo a presença do acompanhante como interlocutor não foi suficiente para garantir uma assistência de qualidade, visto que os surdos se mostraram sujeitos passivos no seu próprio processo saúde-doença. Nesse sentido, os participantes salientaram que preferiam ser atendidos por profissionais que conhecessem a língua de sinais, no sentido de estabelecer uma comunicação direta, mantendo sua privacidade e independência.
其他摘要:This qualitative study was conducted to reveal how the deaf perceive communication with health professionals, and understand the significance of the presence of an oral companion as interlocutor for care in public health services. We performed 11 interviews with deaf people who communicate through sign language. The interviewees' statements were translated into Portuguese, transcribed and subjected to thematic content analysis, which resulted in three themes: "communication tools in health care of deaf people", "the presence of the companion as an interlocutor; communication in Brazilian Sign Language''. Communication strategies for deaf users adopted by health professionals are inefficient and even the presence of a companion as interlocutor could not ensure quality care, since the deaf proved taxable in their own health-disease process. In this sense, participants stressed that they preferred to be seen by professionals who know sign language, establishing direct communication, maintaining their privacy and independence.