摘要:Como parte do processo globalizante, e enquanto reflexo da tentativa de sustentar e (re)afirmar a supremacia do Estado Moderno, alguns países têm executado políticas ligadas à promoção internacional de suas línguas oficiais (OLIVEIRA, 2010; 2013). Diante disso, este artigo problematiza a atuação do governo brasileiro em relação ao Programa de Leitorado - política de promoção do português brasileiro em universidades estrangeiras. A partir dos dados gerados - informações disponibilizadas no site da Rede Brasil Cultural, Editais da CAPES para a seleção de leitores, e depoimentos de leitores e ex-leitores, discute-se então a inconstância que caracteriza o funcionamento deste programa enquanto política de Estado e aponta-se como isso tangencia os requisitos de seleção e remuneração dos leitores. A análise realizada revela que, em termos de gestão e alcance mundial, os leitorados têm sofrido apagamento na agenda estatal dos últimos anos, o que leva as conclusões a destacarem a importância de algumas ações que levem à ampliação do Programa de Leitorado, a fim de que as possibilidades de congelamentos esporádicos ou suspensão definitiva sejam minimizadas.