摘要:A conversão da vegetação natural em áreas agrícolas é recorrente em diversas partes do mundo. Atualmente, isso acontece, sobretudo, nos países subdesenvolvidos, em que a produção de matéria prima é o principal meio de sustentação da balança comercial. No Brasil, esse processo ocorre desde o período colonial. No entanto, no final do século XX e início do século XXI, mesmo com a ampliação das discussões ambientais e a busca pela sustentabilidade, atingiu grandes fronteiras de forma intensiva, desmatando e causando a destruição de biomas, assim como aumento da poluição e do uso desenfreado dos recursos hídricos. Dentre estes novos fronts agrícolas está a região do extremo oeste baiano, área que abriga doze dos vinte e quatro municípios da mesorregião, cujo principal financiador do processo de expansão agroindustrial foi o Estado. Diante disso, a partir do sensoriamento remoto e técnicas de geoprocessamento, esta pesquisa buscou quantificar as alterações no uso da terra em trinta anos (1985-2015). Para isso, foram utilizadas imagens da série Landsat 5 e 8, respectivamente, que depois de segmentadas automaticamente no software Spring, foram manualmente classificadas, originando mapas temáticos. Os resultados apontaram que, entre os anos de 1985 e 2015, o extremo oeste da Bahia perdeu cerca de 21,7 mil km² de vegetação nativa a partir do aumento de 385% das áreas agrícolas, com destaque às irrigadas por pivôs.