摘要:O artigo deriva de movimentos de pesquisas que pensam a força do cinema no cotidiano escolar em redes de conversações. Em meio a formas centralizadoras de gestar currículos que almejam modelizar e padronizar as escolas, o texto apresenta possibilidades de fugas criadoras por meio do encontro entre estudantes e professoras com as imagens cinematográficas. Objetiva apresentar os potenciais estéticos, ético-políticos e os movimentos de invenções curriculares e de aprendizagensensino disparados nos encontros com as imagens fílmicas. Para tanto, utiliza a cartografia como tática metodológica, buscando capturar os efeitos de pensamentos que emergem pela experimentação educacional com o cinema. Realizados em escolas públicas da educação básica de Vitória/ES, argumenta que os encontros com as imagens cinematográficas em processos de formação no cotidiano escolar tornam-se “máquinas de guerra” que violentam o pensamento e forçam a diferenciação, impulsionando a constituição de corpos coletivos que invocam novos movimentos curriculares e criam sentidos para os processos de aprender ensinar. A potência das imagens atua como forças que rompem as tentativas de centralização nas decisões curriculares, agindo como vetor de desterritorialização que expande as dimensões ético-político-estéticas dos conhecimentos, em direção a uma vida inventiva que não se deixa apequenar, mas que se mobiliza pelas afecções dos corpos-pensamentos, fazendo circular uma multiplicidade de saberes e de culturas na afirmação de uma vida bonita.