摘要：O objetivo desse artigo é analisar como os líderes de organizações da economia criativa percebem a sua atuação em busca de uma gestão criativa, diante das características dos trabalhadores, da cultura organizacional criativa e do papel da liderança. Em um cenário no qual a criatividade ganha ainda mais evidência para ampliar a inovação e a competitividade organizacional, uma gestão voltada para o gerenciamento da criatividade pode ampliar a eficiência desse processo. A liderança é um conceito clássico que exerce um papel preponderante no contexto organizacional. Os líderes que exercem uma liderança criativa reconhecem a necessidade de influenciar os outros para que o talento possa ser liberado e maximizado, isto significa remover barreiras estruturais e culturais que impedem as pessoas de trabalhar ativamente juntos, aprendendo uns com os outros e equipar os pares para ser criativo através da interação e do diálogo. A liderança criativa seria uma resposta para as oportunidades e questões desafiadoras que inibem a aprendizagem em todos os níveis. Trata-se de ver, de pensar e fazer as coisas de forma diferente. Líderes criativos são responsáveis por fornecer as condições, o meio ambiente e oportunidades para os outros exercerem seus potenciais criativos (STOLL; TEMPERLEY, 2009). Para alcançarmos o objetivo foi desenvolvido um estudo exploratório e descritivo analítico de um contexto específico. Utilizamos a estratégia do estudo de casos múltiplos. Foram entrevistados onze gestores de organizações da economia criativa da cidade de Recife-PE, com pelo menos um ano de atuação, e ao menos um colaborador. Realizamos entrevistas semiestruturadas, analisadas através da análise de conteúdo. Os resultados indicam que, não é fácil a tarefa de gerenciar esses profissionais, por causa da liberdade que lhe são inerentes, sofrem quando são colocados diante de regras, o que pode impedir a definição de alguns processos, bem como gerar maiores cobranças dos seus superiores; como exemplo, não é incomum o desrespeitar aos prazos. Observou-se no universo pesquisado uma cultura organizacional aberta, flexível e que lida bem com os erros, cuja preocupação é o respeito mútuo e a criação de um ambiente propício para o afloramento da criatividade. Os resultados mostraram que a cultura organizacional de suas organizações, seu exercício de liderança e o modo como entendem seus colaboradores, podem sim, ser tratados e explorados para se chegar à uma gestão criativa. Embora seja um universo da economia criativa, a gestão criativa ainda não é uma prática consolidada como esperado, o que denota que ainda há um caminho para uma consolidação dessa gestão, embora elementos apresentados nos discursos evidenciam uma preocupação de ampliar essa perspectiva. Este estudo pode servir de suporte para gestores organizacionais que almejem entender e melhorar sua atuação em busca de uma gestão mais condizente com o contexto social contemporâneo..
