摘要:O presente artigo visa analisar aspectos substanciais da vida cotidiana em uma missão jesuíta da Amazônia portuguesa, em meados do século XVIII, no contexto das reformas pombalinas. A fonte para esta investigação é o chamado Dicionário de Trier, redigido no vale do Xingu, antes de 1756, e redescoberto, em 2012, na Europa. A inserção de numerosos comentários e exemplos nesse manuscrito permite perceber traços dos modos e das condições de vida que vão além da narrativa padronizada das crônicas coloniais. Até certo ponto, os verbetes reproduzem o falar e o sentir dos indígenas que, mesmo enquadrados num regime de controle, conseguiram preservar elementos essenciais de suas tradições originais.