摘要:Segundo Clement Greenberg (1960), é inerente à modernidade a realização de uma autocrítica pelo viés do interior, utilizando-se dos próprios meios do que está sendo criticado. O objetivo central do ensaio é correlacionar os conceitos desenvolvidos no artigo “Pintura Modernista”, de Greenberg, com a obra de Piet Mondrian e sua reverberação nos trabalhos da primeira fase de Lygia Clark. Através da ênfase na planaridade, presente tanto nas pinturas e teorias neoplásticas de Mondrian quanto nos quadros concretos de Clark, a arte pictórica utilizou seus próprios mecanismos para se alcançar uma “pureza” universal e refletir sobre a sua razão de existir.