摘要:A morte, no contexto do câncer infanto-juvenil, adquire caráter complexo, sendo descrita pelos pais como uma dor inominável. Este artigo objetivou compreender os significados atribuídos à atuação da equipe hospitalar pelos familiares de crianças/adolescentes que faleceram com câncer. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório. Utilizou-se como instrumentos um grupo focal e quatro entrevistas semiestruturadas com oito familiares de pacientes falecidos. Os dados foram analisados através da Análise de Conteúdo Temática e organizados em categorias. A partir da análise das narrativas dos participantes, identificou-se que a morte, frequentemente, foi relacionada a demora no estabelecimento de um diagnóstico e consequentemente do início do tratamento. Tal cenário mobiliza elevada angústia, que aparentou reforçar os sentimentos de desconfiança por parte dos familiares, de forma a culpabilizarem a equipe de atendimento e os procedimentos por ela realizados. Verificou-se também nos familiares sentimento de valorização ao apoio e conforto recebidos da equipe. Portanto, para a realização de um acolhimento adequado a dor da perda de um filho, evidencia-se a necessidade de relações mais dialógicas e sensíveis, que promovam um equilíbrio entre as práticas assistenciais e o cuidado.
其他摘要:The death, in the context of childhood and adolescence cancer, acquires a complex character, being described by parents as a nameless pain. This article aimed to comprehend the meanings attributed to the acting of healthcare team by relatives of children and adolescents who died with cancer. It is a qualitative, descriptive, and exploratory study. There were utilized, as instruments, a focal group and four semi-structured interviews with eight family members of patients who have passed away. Data were analyzed through Thematic Content Analysis and organized in categories. From the analysis of the participants' narratives, it was identified that death was often related to the delay in establishing a diagnosis and consequently the start of treatment. Such scenario mobilizes high anguish, which seemed to reinforce feelings of distrust on the part of family members, leading these to blame the care team and the procedures performed by it. There was also in the relatives a feeling of appreciation for the support and comfort received from the care team. Therefore, in order to provide adequate care for the pain of the loss of a child, the necessity of more dialogical and sensitive relationships is emphasized, promoting a balance between technical practices and care.