摘要:Dois grandes eixos têm pautado o debate ambiental contem- porâneo: um que o faz de uma perspectiva a-histórica em que uma humanidade genérica relaciona-se com a natureza da qual é dicoto- micamente separada, e outro no qual se privilegia uma abordagem histórica e socialmente contextualizada. Apesar das diferenças, ambos aproximam-se no tema de fundo: a questão dos limites. Mais especifi- camente, ambos os eixos acabam por restringir seu alcance crítico ao debate sobre os limites externos ao capitalismo. Propomos a explici- tação da insustentabilidade do capital a partir de seus próprios limites internos em duas dimensões intimamente vinculadas: uma insusten- tabilidade econômica que se manifesta nas crises de superprodução e uma insustentabilidade humana que se fundamenta no fetichismo da mercadoria. Essas duas dimensões revelam-nos que a crítica, paraser efetiva, ao invés de dirigir-se aos limites externos ao capital, deve concentrar-se nos limites que são postos pela lógica imanente e contraditória do capital.