摘要:A partir da antologia As 29 poetas hoje, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, este artigo apresenta uma análise das expressões de violências presentes nos poemas “dia 1. nome completo”, “Retomada Originária” e “Palavra de Mulher Preta”, das poetisas Luiza Romão, Renata Machado Tupinambá e Elizandra Souza, respectivamente. A partir de uma perspectiva interseccional e decolonial buscamos evidenciar as representações dos tipos de violências sofridas pelas mulheres periféricas, muitas vezes subalternizadas por sua condição de gênero, de classe social, de identidade sexual e étnico/racial, que podem invisibilizá-las ainda mais. Portanto, tal análise ancora-se em teóricas como: Evaristo (2005), Oliveira (2018), Lugones (2008), hooks (2014), Ribeiro (2016, 2017), Solnit (2017), entre outras. Concluímos que a poesia destas autoras propicia que as mulheres marginalizadas possam realizar o levante cultural contra a sociedade patriarcal, racista e classista, passando a ocupar, no contexto da produção poética latino-americana, lugares de fala na intelectualidade que até então lhes eram negados.