摘要:Com base nas reflexões de Jacques Derrida sobre a tradução (1998, 1999, 2001, 2006), analisamos duas traduções para o português brasileiro, assinadas por Cecília Meireles (1963) e Marcus Mota (2000), da obra dramática Yerma, de Federico García Lorca. Buscamos fazer uma análise comparativa dessas traduções, problematizando as possíveis semelhanças e/ou diferenças entre elas, com ênfase nas escolhas tradutórias no âmbito do nível de linguagem e seus impactos no tom dramático e poético do texto, tais como: supressão ou acréscimo textual e seus efeitos; nomes e designações dos personagens; e as escolhas tradutórias relativas à seleção vocabular de estruturas gramaticais e sintático-semânticas e seus efeitos. Com a análise comparativa, comprovamos que as escolhas tradutórias feitas por Meireles (1963) e por Mota (2000) evidenciam transformações nos textos traduzidos e constroem imagens diferentes da obra de Lorca.