摘要:O presente artigo pretende equacionar o modelo de relacionamento entre o Estado moçambicano e as autoridades tradicionais vaNdau, baseiando-se no estudo de caso do distrito do Búzi, na Província de Sofala. A argumentação defendida parte da consideração que as autoridades tradicionais vaNdau desempenham um papel de intermediários entre o Estado e as populações rurais, retirando a legitimidade política do seu posicionamento de charneira quer do modelo tradicional de reprodução Ndau quer do seu estatuto de «representantes» locais do Estado. Nesse sentido, elas relacionam, num equilíbrio precário, complexo e ambivalente, dois modelos de reprodução social em confronto, o estatal e o tradicional.↓Prenant comme base une étude de cas du district de Búzi, province de Sofala, cet article essaye d'esquisser le modèle des rapports entre l'État moçambicain et les autorités traditionnelles vaNdau. L' argumentation proposée part de la considération que les autorités tradition nelles vaNdau jouent un rôle d'intermédiaires entre l'État et les populations rurales en déri vant la légitimité politique de cette position de charnière tant du traditionnel modèle de reproduction Ndau que de leur statut de «représentants» locaux de l'État. Dans ce sens, elles éta blissent un rapport entre deux modèles de reproduction sociale qui se confrontent, l'un traditionnel et l'autre promu par l'État, et ceci dans un équilibre précaire, complexe et ambivalent.
其他摘要:Based on a case study of the Búzi district in the province of Sofala, this article endeavours to sketch out a model of relationships ;between the Mozambican state and the traditional authorities vaNdau. The starting point of the argument is the consideration that the tradition al authorities vaNdau play their role of intermediaries between the state and the rural population by deriving the political legitimacy of their «hinge» position both from the traditional reproduction model of the vaNdau and from their statute as local «representatives» of the state. In this sense they establish a relationship between two models of social reproduction which are confronting each other, the traditional and the one adopted/favoured by the state a relationship which is at this stage precarious, complex, and ambivalent.