摘要:O artigo apresenta uma análise das contradições erigidas entre o reassentamento do Novo Soberbo, planejado pelo Setor Elétrico, e a realidade dos reassentados, atingidos pela hidrelétrica Candonga. As contradições existentes na relação reassentados/reassentamento expressam a oposição entre dois modos distintos de apropriar e significar o espaço: de um lado a racionalidade técnica e economicista do Consórcio Candonga, manifesta na concepção do reassentamento, em sua estruturação citadina; e de outro lado as práticas e representações dos atingidos, vinculadas a um modo de vida essencialmente rural. O reassentamento, como técnica para solução dos impactos originários do processo de deslocamento compulsório, engendra novas opressões e ameaças à reprodução da vida dos atingidos. Frente à desestruturação do modo de vida dos reassentados surgem mobilizações, resistências e reexistência na luta pelo lugar.↓L’article présente une analyse des contradictions érigées entre le relogement du Novo Soberbo, planifié par le Secteur Électrique, et la réalité des relogés, touchés par l’hydroélectrique Candonga. Les contradictions existantes dans la relation relogés/relogement expriment l’opposition entre deux façons distinctes d’approprier et de signifier l’espace: d’une part la rationalité technique et économiciste du Consortium Candonga, bien manifeste dans la conception du relogement, dans sa structure citadine; et, d’autre part, les pratiques et les représentations des personnes touchées, attachées à un mode de vie essentiellement rural. Le relogement, comme technique pour résoudre des impacts originaires du processus de déplacement obligatoire, engendre de nouvelles oppressions et menaces à la continuité de la vie des personnes atteintes. Face à la déstructuration du mode de vie des relogés apparaissent des mobilisations, des résistances et une ré‑existence dans la lutte pour l’espace.
其他摘要:This article presents an analysis of the contradictions that have emerged between the Novo Soberbo resettlement, planned by the electricity sector, and the reality of the resettlements affected by the Candonga hydro‑electric power station. The contradictions evident in the resettled/resettlement relationship reflect the opposition between two different ways of appropriating and giving meaning to space: on the one hand the technical and economicist rationale of the Candonga Consortium, evident in the concept of the resettlement and its civic structure and, on the other hand, the practices and representations of those affected by it, which are linked to an essentially rural way of life. Resettlement, as a technique to resolve the original impacts of enforced displacement, creates new forms of oppression and threats to the continuity of the lifestyle of those affected. Faced with the disintegration of the settlers’ way of life, mass campaigns, resistance and re‑existence have all emerged in the struggle to claim space.