摘要:A partir das ideias de Oswald de Andrade sobre antropofagia (Manifesto Antropófago, 1928), que rivalizando com o bom selvagem de Rousseau revitaliza a noção do canibal insubmisso, irreverente e zombeteiro, se inaugura na tradição brasileira artística e acadêmica a noção de devoração do outro como metáfora epistemológica da tradução entre culturas. Tradução antropofágica ou antropofagia tradutória como encontro, experiência de alteridade, mas também como devoração criativa – algumas vezes debochada – mas, sobretudo, como transculturação. Experimentos lingüísticos, literários e ensaios de cunho teórico fazem eco a estas ideias. Este artigo debruça-se sobre o pensamento do escritor João Guimarães Rosa, do filósofo e ensaísta tcheco Vilém Flusser e do poeta e tradutor Haroldo de Campos, sublinhando as suas intercessões e também as suas singularidades, a respeito da linguagem e dos processos tradutores.
其他摘要:From the ideas of Oswald de Andrade about anthropophagy (Manifesto Antropófago, 1928), which rivaling the “bon sauvage” of Rousseau revitalize the notion of a rebellious, irreverent and mocking cannibal, introduces into the artistic and academic Brazilian tradition the notion of “devouring the other” as an epistemological metaphor for translation between cultures. Anthropophagic translation or translated anthropophagy as an experience of alterity, but also as creative devoration - sometimes demeaning -, but above all seen as a process of transculturation. Linguistic and literary experiments and essays with theoretical tone echo these ideas. This paper deals with the thought of the Brazilian writer Joao Guimarães Rosa, the philosopher and essayist Vilém Flusser and the poet and translator Haroldo de Campos, emphasizes the intercessions and singularities of language and translation processes.
关键词:translation; anthropophagy; Guimarães Rosa; Haroldo de Campos; Vilém Flusser