摘要:A historiografia da imigração alemã ao Brasil pouco conhece sobre as estruturas que animavam a vida social dos teuto-brasileiros no período pré-imigratório. Por conseguinte, a americanização dos teuto-brasileiros é considerada unicamente dentro da perspectiva da sociedade receptora, gerando uma lacuna que precisa ser preenchida no sentido de se compreender a outra dimensão da imigração, a face europeia dessa moeda. Nesse sentido, percebe-se, em grande parte, que a origem social dos teuto-brasileiros está ligada à vivência de um contexto de aldeia, principalmente aqueles que vieram das regiões do Oeste e Sudoeste da Alemanha. Historicamente, essas aldeias eram organizações sociais que controlavam recursos naturais e econômicos com grande poder de autonomia político-econômica. Os denominados commons marcaram a história agrária alemã, e suas instituições de gestão participativa, mutualista, protecionista e comunal tiveram como efeito a geração de capital social, atributo que embasou o processo de germanização do Brasil meridional. Assim, as picadas teuto-brasileiras foram forjadas dentro de uma tradição institucional solidamente estabelecida e sob um substrato de capital social, facilitando o surgimento de comportamentos autônomos e cooperativos, que desembocaram nos aparelhos comunitários e embasaram o fenômeno do associativismo. O método utilizado foi o analítico descritivo, baseado em pesquisa em fontes primárias em arquivos brasileiros e alemães.
其他摘要:The historiography of German immigration to Brazil knows just a little about the structures that animated social life in Germany before the process of immigration. Therefore, the americanização of the German-Brazilian settlers is considered solely from the perspective of the host society, creating a gap that needs to be filled in order to understand another dimension of German immigration, the European side and influence over it. In this sense, it is possible to perceive that generally the social origins of German-Brazilian settlers is linked to a village context
experience, especially those who came from Western and Southwestern Germany. Historically these villages were social organizations able to control natural and economic resources under their jurisdictions with a great political and economic autonomy. The so called commons were a feature of the German agrarian history, and its institutions of participatory, mutual, protectionist, communal management had the effect to generate social capital, one social attribute that supported the formation of the German-Brazilian communities in Southern Brazil. Thus, the German-Brazilian communities were forged under a solid institutional tradition and under a substrate of social capital, facilitating the emergence of autonomous and cooperative behaviors that resulted on the communitarian structures and on the associativism phenomenon. The method was the analytical descriptive based on research in primary sources in Brazilian and German Archives.