摘要:O objetivo da pesquisa consistiu em analisar se há evidências de que gestores de firmas operando no Brasil adotaram medidas prudenciais no reconhecimento contábil antecipado de efeitos esperados devido à eclosão de crise econômico-financeira. Para tanto, foi analisado o conservadorismo incondicional e o conservadorismo condicional adotado na divulgação de lucros em amostra composta por 459 sociedades por ação de capital aberto listadas na BM&FBovespa durante o período de 2003 a 2012. Na análise da existência do conservadorismo incondicional foi utilizado o teste de diferenças de média de Mann-Whitney na medida preço/patrimônio liquido, enquanto no teste da presença de conservadorismo condicional utilizou-se análise de regressão estimada por meio de efeitos aleatórios, baseada no Modelo de Basu (1997). A hipótese de pesquisa, de adoção de conservadorismo, não pôde ser aceita; contudo, constataram-se sinais significantes de adoção de conservadorismo incondicional, pela relação market-to-book no período posterior à crise, indicando que tais decisões de reconhecimento de perdas esperadas não se condicionam a más notícias específicas, ou a um momento que caracterize o início ou ápice da crise.