摘要:Este texto tem como objetivo estudar as aproximações e circulação de ideias educativas em torno da saúde bucal no Brasil e na Colômbia no período compreendido entre 1918 a 1946, colocando em suspeição os discursos que circularam no período supracitado, emitidos por médicos, cirurgiões dentistas, educadores e autoridades públicas que escreviam na história vários enunciados sobre as identidades dos sujeitos. Dialogamos com a teoria que repensa os conceitos de leitura e de apropriação de discursos construídos pela Nova História Cultural, como estratégia metodológica para problematizar os modos de prescrever o corpo higienizado. Como fontes, pesquisamos os jornais A União, A Voz da Borborema e o Jornal das Moças, a Revista de Odontologia e a Revista Era Nova (Brasil), bem como as revistas Oral Hygiene, Revista da Federação Colombiana de Odontologia, o Boletim Dental e a Revista de Odontologia, além dos jornais El Tiempo e El Espectador (Colômbia), bem como memórias ministeriais, decretos e leis voltados para a saúde pública e educação do corpo nos países e no período supracitados. Assim, em diversos reclames publicitários e artigos dos periódicos, a educação bucal é apresentada como fundamental para o homem moderno, para a conquista de novos territórios culturais, pessoais, sociais e profissionais. Dessa forma, diversos agenciamentos pedagógicos e publicitários são utilizados como dispositivos para que o homem e a mulher tenham boca e sorrisos perfeitos, mercadologicamente produzidos, estrategicamente orientados para as visitas sistemáticas aos cirurgiões dentistas. No referido período, a implantação dos gabinetes dentários nas escolas públicas também fez parte dessa pedagogia da boca, mobilizando políticos e educadores em prol da construção de uma população higienicamente produzida.
关键词:Biopolítica; Medicalização; História da Educação; História da Higiene Dental.