Objetiva o artigo analisar a rostidade na composição das figuras de professor e de aluno, na relação entre os processos de produção de significação e subjetividade apresentados em imagens cinematográficas, no caso, o filme “Entre os muros da escola” e em experiências vividas e registradas em pesquisas realizadas com professores e alunos de escolas públicas de ensino fundamental. Busca os efeitos de sentido que se situam na questão da presença do rosto nas imagens do filme e no problema das relações de saber-poder implicadas na docência e na produção curricular. Problematiza a escola e nela a docência e o currículo como sobrecodificados pela máquina abstrata da rostidade que introduz alunos e professores num rosto mais que lhes dá a posse de um e que, por procedimentos previamente sedimentados, produz um sistema de subordinação hierárquica tanto de conhecimentos como de valores. Procura, a partir deste confronto entre imagens fílmicas e vivências escolares, pensar currículos que se componham como máquinas de guerra na intensificação do desejo coletivo de criação de outros modos de estar aluno, professor, currículo e escola.