出版社:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
摘要:As discussões acerca do desenvolvimento, sejam direcionadas ao meio rural, urbano-industrial ou no âmbito dos Estados nacionais, contêm uma função ideológica tacitamente incorporada que visa à dominação dos países hegemônicos centrais e à difusão de seu estilo de vida aos países periféricos. O processo de modernização agrícola, incorporado no Brasil principalmente a partir dos anos 60 do século 20, teve como resultado a parcial desarticulação dos modos camponeses de se fazer agricultura e toda a sua sociabilidade, economia moral, tradição cultural e relação com a natureza. Assim, ele foi parcialmente exitoso em desenvolver o meio rural, desagregando parte do sistema camponês e familiar em troca da produção de poucas mercadorias realizada por empresas agrícolas. Os estudiosos que acompanharam esse processo e o interpretaram deram a ele o nome de desenvolvimento agrícola, e após constatarem, já nos anos 90, que esse modelo não trouxe avanços e sim retrocessos ao campo e às cidades, passaram a teorizar a partir de novos enfoques e sobre outros atores, compondo assim o que vem sendo chamado de desenvolvimento rural, no entanto, mesmo com o olhar renovado pelo reconhecimento do protagonismo das formas familiares e camponesas de se fazer agricultura, e pela valorização da diversidade nas ruralidades, o mito do desenvolvimento ainda permeia os debates. Nesse sentido, este artigo busca mostrar que é mais pertinente analisar a nova ruralidade com o conceito de envolvimento rural , ao invés de conservar o inapropriado termo desenvolvimento.
其他摘要:Discussions about countryside, urban-industrial or national State development, contains an ideological function incorporated tacitly aimed at sustaining the hegemonic domination of the central countries and the diffusion of their lifestyle to peripheral countries. The process of agricultural modernization, built in Brazil since the decade of 1960, resulted in the partial disarticulation of the household ways to do agriculture and all of their sociability, moral economy, cultural tradition and relationship with nature. Therefore, it was partially successful in (un)involve the countryside, disaggregating part of the peasant and household ways of life in exchange for the production of fewer goods made by business farmers. Researchers, who have followed this process and interpreted it, gave it the name of agricultural development. But after they find in 90 years that this model didn ́t brought advances and did regression to the countryside and the cities, they began to theorize from new approaches and on other actors, thus forming what is called rural development. However, even with the fresh look for recognition of the role of household and peasant forms to make agriculture and by the appreciation of the rural diversity, the myth of development still permeates the debates. In this sense, this paper seeks to show that it is more appropriate to analyze the new rurality with the concept “rural involvement” instead of maintaining the inappropriate term “development”.