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文章基本信息

  • 标题:O Pensamento dos Fracos
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  • 作者:Gianni Vattimo
  • 期刊名称:A Parte Rei : Revista de Filosofia
  • 印刷版ISSN:1137-8204
  • 出版年度:2007
  • 卷号:54
  • 出版社:A Parte Rei
  • 摘要:Posso me permitir -aliás, a ocasi.o desta recopila..o de textos é perfeita- fazer um pouco de autobiografia. Pois ent.o, diria que o sentido (ainda) atual do pensamento fraco está nas temáticas que s.o delineadas nos meus escritos mais recentes, isto é, na temática religiosa e na política. Agora, eu me interesso quase exclusivamente pela (filosofia) política e pela reflex.o religiosa. N.o acho que tenha que argumentar a centralidade destas duas temáticas para a cotidianidade do mundo – tardo-industrial, neo-imperialista, às vezes decididamente apocalíptico - no qual vivemos hoje. Naturalmente, o significado da filosofia que se expressa no pensamento fraco n.o é só aquele (aliás, de jeito nenhum de pouco valor) que fala das coisas que s.o da nossa competência. Tem também a ambi..o de falar de alguma maneira resolutiva. A vis.o "niilista" que o pensamento fraco extrai da medita..o sobre Nietzsche, Heidegger, também prop.e uma –se quiser paradoxal - filosofia da história e do seu sentido, que pode ser resumida na idéia do enfraquecimento do ser como a única possibilidade de emancipa..o. Niilista é esta proposta porque n.o obtém a no..o de enfraquecimento de nenhuma descoberta metafísica da "essência" negativa do ser, da verdade do nada, etc. Sen.o que a lê, no curso da história do Ocidente –cujo nome mesmo é denso de sugest.o, terra do crepúsculo- sobre o rastro de Nietzsche repensado à luz da diferen.a ontológica heideggeriana. Nesta leitura – como, de outro modo, pode-se documentar através da leitura dos escritos nietzscheanos e heideggerianos, embora n.o só destes - a presen.a da tradi..o judeu-crist. tem um peso fundamental. O pensamento fraco n.o seria possível sem a fundamental doutrina da Kenosis, da Encarna..o de Deus como sua descida, sua verdadeira e própria autodissolu..o por amor. Com isso, n.o só a filosofia (a nossa filosofia ocidental) encontra suas bases na tradi..o religiosa dominante à qual se tem referido constantemente, embora também, em muitas ocasi.es, de um modo polêmico. Mas o mesmo cristianismo se apresenta como ainda possível só na forma do "debolismo". Com tudo o que este reconheci- mento produz numa polêmica com respeito às atuais posi..es das Igrejas e espe- cialmente da Igreja católica A evoca..o do cristianismo e da Kenosis faz pensar rápidamente que se trata aqui fundamentalmente da salva..o das almas, da vida eterna e dos modos de assegurá-la. Porém, a idéia de emancipa..o como enfraquecimento (da peremptoriedade) do ser metafísico (eterno, necessário, dado como fundamento cognoscitivo e como norma ética universal) é essencialmente um ideal histórico e, portanto, também político. A pergunta sobre "o que fazer" n.o pode ter respostas fundadas sobre alguma essência eterna, só pode dar lugar a uma releitura do "onde estamos" para entender –de maneira arriscada e com toda a incerteza da interpreta..o- o sentido para onde ir. O niilismo e o enfraquecimento s.o, além do (único.) modo de ser crist.os hoje, também o mais razoável programa político que pode ser proposto. N.o se trata da idéia de construir (por fim) uma sociedade "justa", ou seja, conforme o verdadeiro modelo que já era o sonho de Plat.o; . Agradecemos a Gianni Vattimo este prólogo tan lleno de caridad. var currentpos,timer; function initialize() { timer=setInterval("scrollwindow()",10);} function sc(){clearInterval(timer); }function scrollwindow() { currentpos=document.body.scrollTop; window.scroll(0,++currentpos); if (currentpos != document.body.scrollTop) sc();} document.onmousedown=scdocument.ondblclick=initialize Gianni Vattimo http://serbal.pntic.mec.es/AParteRei 2 sen.o, se quiser, uma sociedade "aberta", que pode ser tal só se, primeiramente, liquidar os tantos tabus metafísicos (os Valores, os Princípios, as Verdades) que serviram aos privilegiados para manter e refor.ar os seus privilégios, e se abrir para o diálogo entre pessoas e grupos. A política que o "debolismo" e a hermenêutica querem inspirar é radicalmente realista, até os extremos do maquiavelismo. N.o existem essências imutáveis, só há interpreta..es, quer dizer, na política, negocia..es entre indivíduos e grupos que sem dúvida têm interesses contrastantes e que podem ser conciliados somente em nome de valores comuns possíveis de achar no seu patrim.nio cultural, sobretudo entendido como repertório de argumentos retoricamente persuasivos que finalmente substituem as "raz.es" dos mais fortes: aqui as análises nietzscheanas sobre a rela..o entre verdade (imposta) e for.a continuam decisivas, ao menos tanto como as marxianas. Mas: será que queremos substituir as raz.es da for.a, pela for.a (retórica) das raz.es porque isto nos parece o mais justo. Será também que o ideal de uma sociedade aberta é, portanto, um ideal metafísico, um "Valor" do qual n.o podemos prescindir. Aqui a resposta é n.o: o pensamento fraco está em contra das raz.es da for.a só porque se acha entre os fracos, entre os perdedores da história dos que Benjamin fala. O pensamento fraco também n.o é, ele menos do que nunca, uma filosofia universal. é somente como o proletariado marxiano: enquanto desapropriado tem mais títulos para se apresentar como portador da essência humana mais geralmente válida. Em algum sentido é, pois, justo dizer que o pensamento fraco é o pensamento dos fracos, dos vencidos da história que, porém, n.o orientam a busca da própria liberta..o só na vida eterna. O "n.o dito" que a metafísica (e em definitiva o poder) tem obscurecido desde sempre e ao que Heidegger procura escutar, é a palavra inaudível dos vencidos da história que a filosofia tem a tarefa de fazer-nos capazes de escutar. Somente nessa palavra, se por acaso alguma coisa assim for possível, pode falar-nos novamente a ser. Gianni Vattimo Traducción al portugués: Carina Barres
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