摘要:A análise do discurso francesa (AD) postula reflexões a respeito da heterogeneidade mostrada; nesse âmbito, é relevante a importância do discurso relatado como estratégia de um enunciador que, na produção do próprio texto, coloca em presença outra fonte enunciativa. Com relação ao cinema da paródia, de que modo o mecanismo intertextual de um filme é construído e acionado na composição da diegese fílmica? Para que uma paródia cinematográfica se constitua além do esperado não bastam somente as vozes alheias explicitadas para chamar a atenção, pois é preciso ir além daquilo que está claro, buscar o intertexto para evidenciar não somente uma primeira leitura que produz um efeito de sentido aguardado, mas enxergar nas entrelinhas um segundo ponto de vista que o enunciador quer revelar, uma segunda voz que está além das aparências e que dita novas reflexões e avaliações. A análise que será empreendida a um filme exemplar nesse campo, Banzé no oeste, de Mel Brooks, com base nesses preceitos e no repertório da AD, mostrará que a paródia de um gênero como o western busca não só salientar a emergência de uma reavaliação, mas também trazer à tona uma nova maneira do olhar e do fazer cinematográficos