摘要:RESUMO Objetivo: Verificar a influência da cirurgia de retalho faríngeo para a correção da insuficiência velofaríngea sobre a nasalidade e a nasalância da fala na produção de sons nasais de indivíduos com fissura labiopalatina. Métodos Estudo prospectivo realizado com 159 indivíduos com fissura de palato±lábio reparada, de ambos os gêneros, com idades entre 6 e 57 anos. Todos os participantes apresentavam insuficiência velofaríngea residual com indicação para cirurgia de retalho faríngeo e foram submetidos à avaliação perceptivo-auditiva e nasométrica da fala, antes e após (14 meses, em média) a cirurgia de retalho faríngeo. A hiponasalidade foi classificada perceptivamente em ausente ou presente e a nasalância foi determinada por meio do nasômetro, utilizando amostras de fala com sons predominantemente nasais, a fim de se estimar a hiponasalidade. O valor de 43% foi utilizado como limite inferior de normalidade. A nasalidade e a nasalância foram comparadas antes e após a cirurgia (p<0,05). Resultados: A hiponasalidade perceptiva foi observada em 14% dos indivíduos, enquanto que os valores de nasalância sugestivos de hiponasalidade (<43%) foram obtidos em 25% deles após a cirurgia, havendo correlação entre os métodos utilizados. Conclusão A cirurgia de retalho faríngeo influenciou na produção dos sons nasais, causando hiponasalidade em parcela significativa dos indivíduos. A presença deste sintoma de fala pode ser ainda um indicador de obstrução das vias aéreas superiores provocada pelo retalho faríngeo, que deve ser investigada de forma objetiva e criteriosa no pós-operatório.
其他摘要:ABSTRACT Objective To verify the influence of pharyngeal flap surgery on the management of velopharyngeal insufficiency on nasality and speech nasalance on nasal sound production in individuals with cleft lip and palate. Methods Prospective study in 159 individuals with repaired cleft palate±lip, of both genders, aged 6 to 57 years old. All the participants presented residual velopharyngeal insufficiency and were submitted to pharyngeal flap surgery. Perceptual speech evaluation and nasometric assessment were performed before and after (14 months on average) the pharyngeal flap surgery. Hyponasality was rated as absent or present, and nasalance scores were determined by means of nasometer using nasal stimuli, with a cutoff score of 43% used as the lowest limit of normality. Nasality and nasalance were compared before and after surgery (p<0.05). Results On the basis of correlation between both the methods used, perceptual hyponasality was observed in 14% of the individuals, whereas nasalance scores indicating hyponasality (<43%) were obtained in 25% of the patients after surgery. Conclusion Pharyngeal flap surgery influenced the production of nasal sounds, causing hyponasality in a significant proportion of individuals. The presence of this speech symptom can also be an indicator of upper airway obstruction caused by pharyngeal flap, which should be investigated objectively and prudently postoperatively.