摘要:Resumo O exercício da crítica é difícil para Machado de Assis não por razões pessoais (sua notória timidez, ou aversão à controvérsia); nem por razões contextuais (a pobreza da produção literária brasileira em sua época) – como vem sendo proposto por analistas de diferentes gerações. É difícil porque é praticamente impossível conciliar a urbanidade que Machado se impunha como crítico (tal como declara em "O ideal do crítico", 1865) e a ironia e o humor que se tornariam a marca de sua maneira estética. Porém, a escassez das peças machadianas daquilo que a professora Castro Correia chama de "crítica pura" é compensada pela crítica literária que Machado faz dentro de sua ficção. A crítica "impura" (nos termos de Castro Correia, a que ele realiza não em artigos, mas em seus contos e romances) fustiga acima de tudo o lugar-comum, a prosa bombástica, amaneirada, pedante.
其他摘要:Abstract The exercise of criticism is difficult for Machado de Assis. It is difficult neither for personal reasons (his notorious shyness or "aversion to controversy") nor for contextual ones (the scarceness of Brazilian literary production at the time), as has been claimed by analysts of different generations. It is difficult, she claims, because it is hardly possible to reconcile the urbanity he imposed on himself as a critic (as he had stated in "The critic's ideal", 1865) with the irony and humour which are the mark of his aesthetic manner. The paucity of Machado's pieces of what Professor Castro Correia calls "pure" criticism, however, is balanced by the literary criticism that he makes within his own fiction. Machado's "impure" criticism (in her terms, the one he carries out not in articles, but in his novels and short stories) chastises most of all commonplace, bombast, mannerism, and fustian, pedantic writing.