No presente artigo discutimos a centralidade das políticas de avaliação e de modelos de prestação de contas e responsabilização como mecanismo de regulação sobre o trabalho docente. Os referenciais são tratados com base na discussão sobre a escola como espaço de promoção de justiça social. Discutimos as tensões entre diferentes abordagens de justiça social na orientação das políticas educacionais, que vão desde a crítica à aplicação do princípio liberal de igualdade às demandas por reconhecimento e redistribuição. Estas tensões têm resultado em mudanças também na concepção de justiça escolar na medida em que a igualdade, antes pensada como garantia de acesso e permanência na escola, vem sendo desde o início dos anos 1990 substituída pela busca de maior equidade, o que tem promovido um deslocamento da noção de igualdade para a busca por resultados.